Os ciclos de feedback são múltiplas iterações de retorno sobre o trabalho do aluno, em que o educador não apenas fornece maneiras para que o aluno melhore seu trabalho, mas também o convida a refletir sobre o feedback recebido.
Esses ciclos incentivam um envolvimento mais profundo com o tema, bem como a metacognição — pensar sobre o próprio pensamento — o que promove um desempenho acadêmico mais forte.
Mas o que exatamente envolvem os ciclos de feedback na prática? Em que eles diferem da avaliação formativa e da atribuição de notas? E como implementá-los em sua estratégia de ensino?
Ciclos de feedback ocorrem quando o educador fornece uma devolutiva ao aluno, o aluno age com base nesse retorno, e o educador fornece mais feedback. É um ciclo que apoia a melhoria contínua e a aprendizagem aprofundada.
Considere os seguintes cenários:
Fica claro qual abordagem impulsionará melhor o conhecimento, o desenvolvimento de habilidades e a retenção a longo prazo.
O terceiro cenário — em que múltiplas rodadas de feedback são integradas ao processo de aprendizagem — oferece aos alunos várias oportunidades de desenvolver e aprimorar seu trabalho, em vez de receber uma nota única sem espaço para reflexão ou crescimento.
Vamos analisar as diferenças com mais detalhes…
Se você acha que os ciclos de feedback se parecem muito com a avaliação formativa, está certo. Mas há uma diferença.
Tanto os ciclos de feedback quanto a avaliação formativa utilizam tarefas regulares para fornecer devolutivas acionáveis aos alunos. A diferença é que os ciclos de feedback envolvem várias rodadas de retorno, enquanto a avaliação formativa pode fornecer feedback apenas uma vez. Além disso, os ciclos de feedback exigem que os alunos reflitam e relatem como integraram o retorno recebido em seu trabalho, apoiando o desenvolvimento cognitivo.
Na avaliação formativa, os alunos podem ou não agir com base no feedback recebido. Já nos ciclos de feedback, o instrutor tem a oportunidade de revisar se o aluno agiu conforme a orientação e fornecer mais apoio.
Assim, o ciclo de feedback oferece mais oportunidades para desenvolver habilidades críticas e conhecimento de conteúdo.
“Alunos aprenderam duas vezes mais rápido quando receberam feedback construtivo (comentários específicos sobre erros, sugestões de melhoria e pelo menos um elogio) do que colegas que apenas receberam uma nota no dever de matemática.”
“Quando o feedback é inserido no processo de rascunho e escrita, os alunos podem refletir e aplicar os conceitos nas revisões e em tarefas subsequentes, criando um ciclo de feedback autossustentável, separado da pressão da avaliação final.” (Dylan Wiliam, Embedded Formative Assessment, 2011)
Em outras palavras, embora o impacto da avaliação formativa já seja altamente benéfico por si só, os ciclos de feedback podem amplificar esse benefício ao promover mais momentos de reflexão e desenvolvimento.
Apesar de seus benefícios — como benchmarking e avaliações em larga escala — a avaliação somativa pode reduzir o engajamento do aluno.
Segundo estudos, os alunos encerram sua aprendizagem após receberem uma nota. Dylan Wiliam afirma:
“Alunos que receberam apenas notas não apresentaram progresso de uma tarefa para outra, enquanto aqueles que receberam comentários melhoraram cerca de 30%.”
Ele ainda afirma:
“Alunos que receberam nota e comentários também não apresentaram progresso. O efeito da nota anulou os benefícios do comentário.”
Curiosamente, mesmo quando há feedback, receber uma nota ao lado desse retorno desestimula o engajamento e a motivação.
A implicação da pesquisa de Wiliam é clara: se você quer ver melhoria de desempenho entre tarefas, elimine as notas e concentre-se no feedback.
Os ciclos de feedback são importantes no processo de escrita porque incentivam a melhoria contínua do trabalho do aluno.
Eles ajudam o aluno a desenvolver pensamento crítico, conhecimento de conteúdo, práticas de pesquisa e habilidades de escrita de forma contínua, oferecendo devolutivas ao longo do caminho, e não apenas como evento isolado.
Os ciclos de feedback apoiam o processo de escrita por meio de:
Alisa Barnard, diretora acadêmica da St. Paul’s School em New Hampshire, documentou o uso de feedback no processo de escrita e afirmou que ele permite:
A colaboração é um ponto-chave. Barnard inicia sua apresentação com uma citação da escritora e educadora Penny Kittle:
“Queremos que os alunos escrevam com clareza, voz e autoridade... Mas professores muitas vezes agem como censores, canetas vermelhas na mão... Muitos gastam horas circulando erros, esperando que os alunos corrijam isso na próxima tarefa... É hora de parar de repreender e começar a ensinar.”
No centro dos ciclos de feedback está o espírito de encorajamento e apoio — onde o educador é um guia confiável e o processo de feedback deve ser acolhido — não uma crítica ao esforço dos alunos.
Ao conduzir os alunos por um processo de aprendizagem autodirigido, os ciclos de feedback fortalecem a confiança e o pensamento crítico — e isso tem implicações para a integridade acadêmica.
Ciclos de feedback apoiam a integridade acadêmica e previnem o plágio e outras formas de desonestidade, como a contratação de terceiros.
Se for detectado plágio, o feedback pode transformar a situação em um momento de aprendizado. No entanto, o objetivo final é prevenir o mau comportamento com boas práticas de avaliação.
Integrar ciclos de feedback à avaliação formativa não apenas ajuda os alunos a alcançarem melhores resultados, mas também reduz fraudes acadêmicas ao fortalecer a confiança dos alunos e diminuir oportunidades de má conduta.
O Turnitin Feedback Studio permite que educadores criem oportunidades de aprendizagem formativa, algumas das quais são totalmente autônomas — como envios ilimitados e o Draft Coach — para ajudar os alunos a produzirem seus melhores trabalhos, de forma original.
Saiba mais em: https://www.turnitin.com/blog/the-importance-of-feedback-loops-within-the-student-writing-process
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